sexta-feira, março 28, 2008

O Islão como uma religião de paz

Foi colocado na Internet o filme anti-Islão “Fitna” do deputado holandês de extrema-direita Geert Wilders. No YouTube aparece em duas partes, a primeira é uma sequência de imagens de atentados terroristas, crimes horríveis e apelos à violência feitos por fanáticos muçulmanos, e a segunda é uma tentativa de assustar os europeus com o aumento do número de crentes islâmicos na Europa. Ao longo do filme são citadas algumas frases do Alcorão, descontextualizadas, para tentar mostrar que esta é uma religião violenta. Poderia facilmente ter encontrado muitas citações da Bíblia cheias de crueldade também, o Antigo Testamento fala de cidades inteiras dizimadas, e será que isso faria de todos os cristãos pessoas desapiedadas? A Indonésia é o maior país islâmico do mundo, mas a grande maioria dos muçulmanos indonésios é gente tolerante e respeitadora. Aliás, muitos pais muçulmanos lá até continuam a dar aos filhos nomes hindus tradicionais do Mahabharata e do Ramayana como Arjuna, Brahma, Damayanti, Laksmi, Bima, Sinta, Krisna, Lestari, Dewi, Dewa, Larasati... Tenho muitos amigos que professam a religião islâmica e que são indivíduos com virtudes e defeitos como eu e tu que me lês, e que nada têm a ver com esta imagem que o senhor Geert Wilders deles tenta fazer passar. Parece-me que o problema é que o tempo de antena das televisões e a atenção dos jornais do mundo é normalmente para os fundamentalistas, sendo os moderados uma maioria silenciosa. Porém, há crentes que não querem continuar calados e pretendem ter um papel mais militante e mais visível contra o ódio e a intolerância, pessoas como Ziauddin Sardar ou a jovem Irshad Manji que aparece nesta entrevista:



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