sexta-feira, junho 27, 2008

Terra-longe

Kini rasanya aneh bahwa aku begitu terpisah dari persoalan-persoalan itu, yang selama ini menjadi bagian hidup. Aku belum juga nyambung dengan lingkungan ini, (...). Rasanya aku spesies dari dunia lain.

[Ayu Utami – Saman, cet ke-22. Jakarta, Gramedia, 2003, p. 168 (cet ke-1: 1998)]

É uma sensação estranha estar tão distante dos problemas que durante todo este tempo se tornaram parte da minha vida. Também ainda não me integrei neste ambiente (...). Sinto-me como um peixe fora de água.

[Ayu Utami Saman, cet ke-22. Jakarta, Gramedia, 2003, p. 168 (1ºed. 1998) – traduzido para português por JP Esperança]

quarta-feira, junho 25, 2008

Surpreendido

A Internet é uma coisa maravilhosa. Acabo de passar alguns minutos no Google à procura de imagens de algumas pessoas que só conhecia de nome e tive uma grande surpresa ao ver a correspondência entre os nomes e os rostos! A vida às vezes espanta-nos…

Tchuba na bin tchubi

«Chuva há-de vir, nha Venância. Veja que ela anda a rondar por cima de nós. Esta seca maldita não há-de durar toda a vida, não é verdade? E fixe bem. O dia de hoje é diferente do dia de ontem e o de amanhã será diferente do de hoje. Nha Venância sabe. A todo o momento as coisas se modificam. Amanhã todos teremos mais experiência. Quando mais não seja para sabermos dominar melhor o mal e a injustiça que pesa sobre nós.»

[Manuel Ferreira – Hora di Bai, 2ª ed. Lisboa, Portugália Editora, 1963, p. 253]

«Udan sei mai, tia Venância. Haree to’ok nia la’o hale’u iha ita-nia leten. Malisan rai-maran ne’e sei la dura vida tomak, loos ka lae? No hanoin didi’ak to’ok. Loron ohin la hanesan horisehik no loron aban sei la hanesan ida ohin ne’e. Tia Venância hatene. Iha momentu ida-idak buat sira nakfila an. Aban ita hotu sei iha esperiénsia tan. Se la’ós ba buat seluk pelumenus atu ita hatene domina di’ak liu buat aat no injustisa ne’ebé hanehan ita.»

[Manuel Ferreira – Hora di Bai, 2ª ed. Lisboa, Portugália Editora, 1963, p. 253 – tradusaun ba tetun husi JP Esperança]

Saudades de Aquilino

- Que há? Que há? – bramou por duas vezes com a sua voz de trovão.

[Aquilino Ribeiro – O Malhadinhas. Lisboa, Livraria Bertrand, 1958, p. 88 (1ª ed: 1922)]

A mim parece-me que Aquilino Ribeiro deveria ser leitura obrigatória nas aulas de Português Língua Materna das escolas secundárias do nosso país. A bem da nossa língua.




- Qu’est-ce qui se passe ici? Qu’est-ce qui se passe ici? beugla-t-il à deux reprises de sa voix de stentor.

[Aquilino Ribeiro – Les Sentiers du Démon. Paris, Éditions Chandeigne, 2004, p. 89 – traduite par Marie-Noëlle Ciccia & Claude Maffre]



- Saida mak akontese iha-ne’e? Saida mak akontese iha-ne’e? – nia ko’alia maka’as dala rua ho nia lian ne’ebé hanesan rai-tarutu.

[Aquilino Ribeiro O Malhadinhas. Lisboa, Livraria Bertrand, 1958, p. 88 – tradusaun ba tetun husi JP Esperança]


- Ada apa? Ada apa? – dia berteriak dua kali dengan suaranya yang seperti guntur.

[Aquilino Ribeiro – O Malhadinhas. Lisboa, Livraria Bertrand, 1958, p. 88 – diterjemahkan ke dalam Bahasa Indonesia oleh JP Esperança]


- Heta ke akontese her-kede’e? Heta ke akontese her-kede’e? – ú dale huru kui ru los ú-ni’i bo’a mane mege’es bregas.

[Aquilino Ribeiro – O Malhadinhas. Lisboa, Livraria Bertrand, 1958, p. 88 – tradusaun la tokodede pe JP Esperança los Fernanda Correia]