Tivemos a bocado uma reuniao no Bairro da Cooperacao. Da reuniao destacam-se duas coisas:
1 - ha quem fique especialmente antipatico em situacoes de tensao (e nao devia...)
2 - Os portugueses presentes sao quase unanimes (a julgar pelas conversas pelo jardim apos a reuniao) em nao querer abandonar os timorenses com quem trabalham, a quem dao aulas... O pessoal esta confiante em que as coisas melhorem em breve, para que haja um futuro para Timor e para os timorenses.
Os alunos com quem vou contactando telefonicamente repetem a mesma pergunta: quando chegam os GNRs? Os timorenses ja viveram situacoes de instabilidade, com bandidos impunes a solta pelas ruas, em que a actuacao dos agentes anti-motim da GNR foi decisiva para parar a actuacao dos gatunos e arruaceiros e para restaurar a confianca perdida das pessoas. Repetem-se os relatos de situacoes em que tropas australianas assistiram a accao de incendiarios e saqueadores de lojas ou casas sem os deterem. As pessoas perguntam-nos: quando chegam os GNR? So podemos responder-lhes que "em breve".
Tambem nos perguntam se os portugueses vao embora com a ansiedade de quem pensa que quando isso acontecer tal sera o sinal de que vai tudo rebentar definitavente no pais e nas suas vidas. Temos-lhes dito que os portugueses nao vao embora, que estamos so a espera que as coisas fiquem um pouco mais calmas para retomarmos as aulas, tenho esperanca de poder continuar a dizer o mesmo. Espero que nao haja evacuacao dos cidadaos portugueses, como gostariam os australianos se calhar, a nossa presenca faz uma diferenca para os timorenses.
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