Critiquei algumas vezes no passado a atitude de muitos portugueses em Timor, nomeadamente por nao se esforcarem minimamente por aprender tetum. Pois hoje posso dizer com sinceridade que sinto um grande orgulho por ser portugues em Timor e testemunhar aqui a serenidade com que a comunidade portuguesa tem encarado a situacao tensa dos ultimos dias, e a forma como tem manifestado a sua solidariedade com o povo timorense recusando-se a abandonar o pais, para poder retomar o trabalho o mais brevemente possivel.
Um obrigado especial ao Victor e ao Joao, coordenadores do projecto no qual trabalho, porque tem gerido a situacao com grande profissionalismo.
Um obrigado especial para o meu pai tambem, por me terem acordado a telefonar la de Portugal quando aqui eram seis da manha a perguntar: Entao esses medrosos vao fugir? Tu nao vais fugir, pois nao?!?
Um obrigado mais especial ainda para a minha noiva, que comigo decidiu ontem a noite (quando se perspectivava uma evacuacao) que ficariamos, porque ha um amanha. E vai ser um dia de sol.
7 comentários:
Gostava de dizer apenas que a determinação que sinto com as coisas que vai escrevendo, dão uma fortíssima sensação de esperança. Desculpe estar a intrometer-me mas este post é para mim um dos exemplos disso mesmo. Obrigado. Parece que a embaixada cometeu um erro (grave) de informação. Forte abraço mesmo sem o conhecer, por Timor Sempre! antónio, de coimbra
Caro João Paulo,
será que consegues saber alguma coisa da esposa do Prof. Carlos Borromeu? Deves conhecer: ela chama-se Maria Soares e a filha chama-se Marta Soares. A Prof. Maria Soares era aluna do curso de português da FUP. Ele julga que elas se refugiaram na clínica das carmelitas em Moatel. O homem está destroçado porque recebeu uma chamada da mulher e ela lhe disse que corriam risco de vida, sendo que já lhe queimaram o carro a apredejaram a casa. Um forte abraço para ti e para todos. Quem me dera estar aí convosco.
Angelo
é dificil avaliar a esta distância...
a cada passo a esperança é renovada, ainda que as notícias que nos chegam sejam de que tudo está perdido e a situação é muito mais grave que em 1999;
também me orgulho na comunidade portuguesa pela serenidade com que tem vivido a situação;
mas nós não podemos esquecer que somos cooperantes!
do outro lado do mundo estou com vocês em pensamento e admiro-vos!
Caro João Paulo- penso ser este o seu nome.
É com muita amizade que lhe envio desde Ílhavo um forte abraço e toda a minha admiração e respeito pelo papel importantíssimo que os portugueses como você estão a desempenhar neste momento difícil para Timor. Força e saiba que muitos de nós por cá acompanhamos com preocupação, mas também com muita esperança o desenrolar dos acontecimentos. Todos esperamos que a chegada da GNR nos próximos dias sirva também para vos dar a segurança que necessitam.
Um forte abraço. João Oliveira
João Paulo
Também eu me sinto orgulhosa de vocês... Pela vossa força e dedicação. Parabéns.
Alguém da FUP
Parabéns! o Vosso empenho na defesa do nome de Portugal tem muito sugnificado para todos nós.
Um abraço de Aveiro.
João
de ti não esperaria outra coisa que não ficares até ao limite... surpreende-me um pouco que hajam mais a querer ficar... mas se calhar é uma demonstração de que o mundo está a mudar, e que se acreditamos no que fazemos nada nos demove. Não sendo agradável ver o que se passa hoje em Timor, é com muita satisfação que vejo que a serenidade impera apesar de tudo, e que há gente que não desiste. Um dia este mundo há-de ser um lugar bonito, o sol há-de brilhar sempre, e isso, meu caro, deve-se a pessoas como vocês... boa sorte para todos.
Susana
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