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Esta noite li o "Milagrário Pessoal" de José Eduardo Agualusa. Foi durante as primeiras horas do ano, a família já adormecida, tendo como banda sonora a respiração tranquila da minha mulher e dos meus filhos, um presente a mim mesmo em tempos de muitos afazeres em que a leitura de um livro de uma ponta à outra sem parar - prazer antigo da adolescência - se tornou um luxo para ocasiões especiais.
Há livros que leio como se voltasse a casa vindo da escola na minha bicicleta à chuva num dia de Inverno ilhavense e encontrasse a família reunida, o lume aceso no borralho, e uma malga de sopas de broa em café de trote coado e bem quentinho à minha espera. Há livros que falam de coisas de que gostamos e de que apetece dizer "é cá dos nossos". Há livros em que podíamos morar, este para mim é um deles.
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Há livros que leio como se voltasse a casa vindo da escola na minha bicicleta à chuva num dia de Inverno ilhavense e encontrasse a família reunida, o lume aceso no borralho, e uma malga de sopas de broa em café de trote coado e bem quentinho à minha espera. Há livros que falam de coisas de que gostamos e de que apetece dizer "é cá dos nossos". Há livros em que podíamos morar, este para mim é um deles.
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