‘There iss nothing I can do. Simply I must wait and hope that my prestige will carry me through. In affairs like this, where a native official’s reputation iss at stake, there iss no question of proof, of evidence. All depends upon one’s standing with the Europeans. If my standing iss good, they will not believe it of me; if bad, they will believe it. Prestige iss all.’
George ORWELL – Burmese Days. London, Penguin Books, 2002, pág. 154 [1ªed. 1934]
Nos dias de hoje isto ainda seria verdade? Ou as linhas de separação traçadas pelos poderosos passam agora por outras fronteiras que não a etnia?
George ORWELL – Burmese Days. London, Penguin Books, 2002, pág. 154 [1ªed. 1934]
Nos dias de hoje isto ainda seria verdade? Ou as linhas de separação traçadas pelos poderosos passam agora por outras fronteiras que não a etnia?
Caetano Veloso canta no “Haiti”:
“Ou quase brancos quase pretos de tão pobres…”
E o doutor Daniel da Barca, no belo romance do galego Manuel Rivas “O Lapis do Carpinteiro”, explica-nos:
«O único bo que teñen as fronteiras son os pasos clandestinos. É tremendo o que pode facer unha liña imaxinaria trazada un día no leito por un rei chocho ou debuxada na mesa por poderosos como quen xoga un poker. (…) Pero, por sorte, esta fronteira irá esvaéndose no seu propio absurdo. As fronteiras de verdade son aquelas que manteñen aos pobres apartados do pastel.» [sublinhado meu]
Manuel RIVAS – O lapis do carpinteiro, 6ªed. Vigo (Galiza), Xerais, 1998, p. 12-13
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